As obsessões continuam: John McTiernan (Predador, Duro de Matar) fez sua estréia com Nomads, de 1985, narrando os dramas de um antropólogo francês que olhou demais para a realidade dos esquimós do Alasca. Lendas urbanas com suas tribos invisíveis se misturam com bruxaria ancestral. Mais uma vez a estética de Mad Max 2, só que agora com colagens góticas.
Como curiosidade, no elenco estavam Pierce Brosnan (ex-007), e Adam Ant – ex-vocalista do grupo inglês Adam And The Ants – contemporâneo de Sex Pistols, The Cure e Siouxsie And The Banshees. Apesar disso, tanto esse filme como a maioria dos pós-apocalípticos pecam por uma total ausência de uma trilha sonora adequada. Isso só veio a ser corrigido mais de uma década depois, com a trilogia Matrix. Mas então é outra história. Ou melhor, realidade.
A selvageria marciana toma conta neste filme do mestre John Carpenter: Ghosts From Mars, de 2001. A película é outro doce psicodélico com figurino new metal, particularmente pelas máscaras do Slipknot. No caso, guerreiros ancestrais saem de cavernas do planeta Marte (você sabe como isso funciona: veja Nomads ou Os Caçadores de Atlântida) e se apresentam com maquiagens pesadas, piercings, e toda a sorte de escarificação dos primitivos modernos. Miscelânea inofensiva, característica dos produtos de ficção científica que adoram trazer violência de histórias em quadrinhos. Além de ser impossível não se divertir com os diálogos de Ice Cube e Natasha Henstridge.
O diretor John Carpenter merece ser relembrado por Scape From New York (1981), ou A Fuga de Nova Iorque, que é tão importante para o cinema sci-fi dos anos 80 quanto Blade Runner. Ainda que não traga as interpretações filosóficas do filme de Ridley Scott, Scape From New York foi decisivo ao colocar Hollywood com muito estilo na onda "dos futuros sombrios". Fundamental.
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